ABSTRACT Purpose To analyze the effect of education on sentence listening comprehension on cognitively healthy elderly. Methods A total of 111 healthy elderly, aged 60-80 years of both genders were divided into two groups according to educational level: low education (0-8 years of formal education) and high education (≥9 years of formal education). The participants were assessed using the Revised Token Test, an instrument that supports the evaluation of auditory comprehension of orders with different working memory and syntactic complexity demands. The indicators used for performance analysis were the number of correct responses (accuracy analysis) and task execution time (temporal analysis) in the different blocks. Results The low educated group had a lower number of correct responses than the high educated group on all blocks of the test. In the temporal analysis, participants with low education had longer execution time for commands on the first four blocks related to working memory. However, the two groups had similar execution time for blocks more related to syntactic comprehension. Conclusion Education influenced sentence listening comprehension on elderly. Temporal analysis allowed to infer over the relationship between comprehension and other cognitive abilities, and to observe that the low educated elderly did not use effective compensation strategies to improve their performances on the task. Therefore, low educational level, associated with aging, may potentialize the risks for language decline.
RESUMO Objetivo Analisar o efeito da escolaridade na compreensão auditiva de sentenças em idosos cognitivamente saudáveis. Método Foram avaliados 111 idosos normais, com idades entre 60 e 80 anos, de ambos os gêneros, divididos em dois grupos, de acordo com a escolaridade: baixa escolaridade (0 a 8 anos de ensino formal) e alta escolaridade (9 ou mais anos de ensino formal). Os indivíduos foram examinados por meio do Token Test Revisado, que dá suporte para a avaliação da compreensão auditiva de ordens com diferentes demandas de memória operacional e complexidade sintática. Os indicadores utilizados para análise do desempenho foram números de acertos (análise de acurácia) e tempo de execução da tarefa (análise temporal) nos diferentes blocos. Resultados O grupo de baixa escolaridade apresentou menor número de acertos que o grupo de alta escolaridade em todos os blocos do teste. Na análise temporal, os idosos de baixa escolaridade apresentaram maior tempo para execução das ordens nos primeiros quatro blocos, mais relacionados à memória operacional. Porém, os grupos apresentaram tempo de execução semelhante quanto aos blocos mais relacionados à compreensão sintática. Conclusão A escolaridade influenciou a habilidade de compreensão auditiva de sentenças em indivíduos idosos. A análise temporal permitiu inferir sobre a relação da compreensão com outras habilidades cognitivas e observar que os idosos de baixa escolaridade não utilizam estratégias eficazes de compensação para melhorar o desempenho na tarefa. Portanto, o baixo nível educacional, associado ao envelhecimento, pode potencializar os riscos para o declínio da linguagem.
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