RESUMO Objetivo Conhecer a percepção dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) quanto aos agravos fonoaudiológicos. Método Estudo do tipo transversal que envolveu a aplicação de questionário com questões referentes ao conhecimento dos ACS sobre agravos fonoaudiológicos. Realizado com os ACS alocados no Distrito Sanitário Centro de Florianópolis. Resultados Foram entrevistados 35 ACS, sendo sua maioria (80%) do gênero feminino, com média de idade de 47 anos (desvio padrão = 2,09 anos). Dos ACS entrevistados, 57% afirmaram conhecer o trabalho do fonoaudiólogo, 57% acreditam que não há relação entre as doenças crônicas e fonoaudiologia e 97% acham importante a participação da fonoaudiologia na atenção básica. Quanto à capacitação, 88% dos ACS alegaram não ter tido nenhum tipo de capacitação realizada por fonoaudiólogo; 75% dos profissionais declararam ter feito capacitação da Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil; 57%, do Programa Capital Criança; e 41%, do Programa Capital Idoso. Conclusão O conhecimento dos ACS sobre o trabalho do fonoaudiólogo ainda é limitado, mas a importância do trabalho fonoaudiológico é reconhecida na atenção básica. O desconhecimento, no que diz respeito aos agravos fonoaudiológicos, pode estar relacionado à falta de capacitação dos ACS em ações e/ou cursos de educação continuada que poderiam esclarecer e instruir esses profissionais a identificar e melhor orientar a população em suas visitas domiciliares. Destaca-se a necessidade de mais pesquisas voltadas a ações de capacitação desses profissionais.
ABSTRACT Purpose To know the perception of the Community Health Workers (CHW) about the speech and language disorders. Method Cross-sectional study, which involved a questionnaire with questions related to the knowledge of CHW on speech and language disorders. The research was carried out with CHW allocated in the Centro Sanitary District of Florianópolis. Results We interviewed 35 CHW, being mostly (80%) female gender, with a average age of 47 years (standard deviation = 2.09 years). From the total number of interviewed professionals, 57% said that they knew the work of the speech therapist, 57% believe that there is no relationship between chronic diseases and speech therapy and 97% who think the participation of Speech, Hearing and Language Sciences is important in primary care. As for capacity development, 88% of CHW claim not to have had any training performed by a speech therapist, 75% of professionals stated they had done the training Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil, 57% of the Programa Capital Criança and 41% of the Programa Capital Idoso. Conclusion The knowledge of CHW about the work of a speech therapist is still limited, but the importance of speech and language disorders is recognized in primary care. The lack of knowledge, with regard to speech and language disorders, may be related to lack of qualification of the CHW in actions and/or continuing education courses that could clarify and educate these professionals to identify and better educate the population in their home visits. This study highlights the need for further research on training actions of these professionals.
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